segunda-feira, 26 de março de 2018

Quem tem gastrite pode tomar anticoncepcional?

Quem tem gastrite pode tomar anticoncepcional, mas deve ser usado com orientação médica, porque embora não haja contraindicações ao uso de anticoncepcionais nesse caso, eles podem causar indisposições gástricas, como enjoos e vômitos, em algumas pessoas que podem piorar nos casos de gastrite, principalmente quando ela não estiver sendo tratada.
Em relação a sua ação, os anticoncepcionais podem ser usados ao mesmo tempo em que é feito o tratamento para a gastrite, porque os medicamentos geralmente usados para o seu tratamento não interferem na ação dos anticoncepcionais orais.Outras alternativas de métodos contraceptivos, que não incluem o uso de hormônios, são o dispositivo intrauterino (DIU) e o preservativo feminino.
O médico ginecologista é o especialista indicado para orientar o melhor medicamento a ser usado pela pessoa com gastrite.

Existe relação entre tontura e gastrite?

Dr. há alguns dias antes de fazer a endoscopia. Eu sentia na região do estômago um bolo, geralmente quando me sentava sentia ainda mais isso. Também sentia um pouco de tontura e resfriamento no corpo. Fiz a endoscopia e apontou na hipótese pangastrite enantemática, já a biopsia detectou a bactéria h. pylori, com inflamação moderada do antro, sendo contatada uma gastrite crônica. O médico me passou o tratamento com o omepramix. Mas quando comecei a tomar os antibióticos 8 por dia o total, comecei a ficar com mais peso na cabeça, parece tontura a todo tempo sinto esse peso na cabeça que me deixa as vezes desapercebido. Agora estou tomando o omeprazol por 28 dias, mais essa tontura ainda não passou, alias antes de tomar os remédios sentia um pouco, depois de tomá-los aumentou essa tontura e continua também o bolo no estômago. ESSA TONTURA TEM HAVER COM A GASTRITE? POR FAVOR ME AJUDE...
Pode sim a tontura ter ligação com a gastrite. Nem sempre a relação é direta, pode ser de forma indireta; como é o caso da pessoa que sofre de estresse e ansiedade que acaba desenvolvendo gastrite e tontura causadas pela doença de base (ansiedade).

Exames preventivos apenas para grupo de risco

Segundo Lucas, exames preventivos para detectar alguma alteração na região do estômago só são indicados para pacientes que estejam no grupo de risco, ou seja, pessoas com familiares de primeiro grau que tiveram problemas com o órgão, que tiveram gastrite crônica detectada em avaliações recentes, idosos ou ainda para quem sentiu algum tipo de dor repentina. “Esses exames preventivos não existem para a parte do estômago, pois os problemas relacionados a esse órgão podem surgir rapidamente. Em dois, três meses, pode aparecer um problema e se a pessoa fez uma endoscopia um mês antes, ele não vai ser identificado”, afirmou.

Endoscopia

A endoscopia é um dos exames mais comuns para se detectar algum problema no estômago e em órgãos adjacentes, como o esôfago e o intestino. Considerado seguro, apesar de ser um procedimento invasivo, o exame consiste em introduzir uma sonda com uma microcâmera na ponta pela boca do paciente até que se alcancem os órgãos que serão avaliados. Para isso, o paciente deve ser sedado ou, no caso de crianças, ser aplicada uma anestesia. “A endoscopia, desde que indicada, pode ser feita em qualquer faixa etária”, disse.

Dores de estômago podem esconder doenças graves, alerta especialista

Negligenciada por grande parte da população, a dor na região do estômago pode esconder doenças graves, como úlceras e tumores. Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, os problemas gastrointestinais afetam cerca de 20% das pessoas em todo mundo e são responsáveis por sintomas como azia, má digestão, constipação e diarreia, que causam desconfortos na região do abdômen e, por isso, são confundidos com dor de estômago.

De acordo com o médico gastroenterologista Pablo Rodrigues Lucas, para que alguma doença seja descoberta precocemente, as dores nessa região do corpo devem ser investigadas, principalmente se forem frequentes ou aparecerem de forma repentina em pessoas com mais de 40 anos, pois podem ser consequência de problemas em órgãos próximos ao estômago, como pâncreas, fígado e vesícula.

“Às vezes é uma coisa que o paciente imagina que seja dor de estômago, mas pode ser dor em órgãos adjacentes. Pode ser uma gastrite, esofagite, refluxo, que são problemas mais corriqueiros, mas também pode ser um câncer de estômago ou uma úlcera. Doenças do pâncreas, da vesícula biliar e do fígado também podem dar dor nessa região abdominal, simulando uma dor de estômago”, disse.

O especialista afirma que, se a dor aparecer de forma eventual e não apresentar outros sintomas, não deve ser motivo de preocupação, mas, se vier acompanhada de febre, perda de peso e fraqueza e for frequente (duas ou mais vezes na semana), deve-se procurar um médico. “Outro sintoma que também deve chamar atenção é a dor ou dificuldade ao engolir. A pessoa deve procurar atendimento médico o mais rápido possível, pois é um sinal de alerta para outras doenças”, afirmou.

A advogada Rafaela Alves Rosa e Silva Ramos, em 2009, procurou um médico após sentir dores na região do estômago. O diagnóstico foi de úlcera e, durante cerca de cinco anos, tomou diariamente o remédio indicado para o problema. No entanto, frequentemente, ela sentia fortes dores na região abdominal. Duas das crises foram durante a gravidez, em abril deste ano, o que a fez procurar outro especialista. Após uma ultrassonografia, o médico descobriu que o problema da advogada eram pedras na vesícula.

Rafaela Ramos foi submetida a uma cirurgia para a retirada das pedras e da vesícula, mas, cinco dias após o procedimento, retornou ao hospital com fortes dores e uma pancreatite foi diagnosticada. Segundo a advogada, como o tratamento das pedras na vesícula demorou a ser feito, elas se movimentaram e entupiram o canal biliar, causando o problema no pâncreas, que, se agravado, poderia causar a morte da paciente. “Eu ouvi a seguinte frase do médico: o pâncreas é o maestro do organismo, a orquestra pode ser maravilhosa, mas, sem o maestro, ela não funciona”, disse.

Hoje, ela ainda se recupera da pancreatite, com uma dieta balanceada e a restrição de alguns alimentos, como refrigerantes, água com gás, frituras e outros alimentos muito gordurosos, como o abacate. “São seis meses para voltar à dieta normal”, afirmou.

Estresse pode aumentar queimação no estômago, gastrite e úlcera

Se você come algo e logo depois sente aquela azia ou queimação, é sinal de alerta: seu estômago pode estar “estressado”. Isso porque, quando você está tenso ou ansioso, sua digestão piora.
Além disso, o estresse é fator de risco para outras doenças, como câncer, problemas cardiovasculares e metabólicos. E o estômago é um dos primeiros lugares do corpo a acusar o mal que o estresse faz à saúde.
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui e o gastroenteorologista Ricardo Barbuti, a azia é um sintoma presente em uma série de complicações do sistema digestivo, que aparece quando o estômago está ácido demais. Entre os problemas em que essa queimação está presente, estão o refluxo, a esofagite, a gastrite e a úlcera.
Contra azia, é bom comer proteína com carboidrato, como macarrão, arroz ou batata. Isso porque esses alimentos exigem mais do estômago para serem digeridos, “gastando” o suco gástrico e diminuindo a acidez do estômago.
Para quem costuma tomar antiácidos contra azia, é importante saber que o alívio geralmente é momentâneo, funcionando para crises e dores agudas. Esse hábito, porém, pode trazer um efeito rebote, causando mais acidez depois. Por isso, é preciso buscar tratamento.
Entre as alternativas comuns usadas contra queimação no estômago, mas que não funcionam, estão sal de frutas e chá de boldo. O primeiro não tem efeito porque é uma substância ácida, e até pode piorar os sintomas. Já o chá não tem nenhuma comprovação científica, e também é necessário tomar cuidado com a procedência da planta.
Gastrite x úlcera
Os médicos explicam que tanto a gastrite quanto a úlcera podem provocar dor constante em queimação, que melhora ao comer, pode até acordar a pessoa à noite e aumenta com o estresse.
A dor das duas doenças acontece em três tempos: começa, a pessoa come, a dor passa e depois volta.
Os mecanismos relacionados à formação da gastrite são semelhantes aos da úlcera. Uma das causas mais importantes é o aumento do ácido clorídrico no estômago, o que faz com que a acidez do aparelho digestivo fique alta.
Com o estômago mais ácido, a mucosa que reveste o órgão é prejudicada, e isso gera um processo inflamatório. A diferença é que a gastrite é uma inflamação geral no estômago, deixando-o mais avermelhado e provocando machucados superficiais.
Já a úlcera é um pouco mais grave, quando se formam feridas na parede do estômago, e a mucosa fica com machucados profundos, que ardem e doem. Se a úlcera não for tratada, pode piorar a ponto de perfurar a parede do estômago e causar o que se chama de hemorragia digestiva, um sangramento dentro do estômago. Nesse caso, vômitos ou vômitos com sangue são um sinal de alerta. Se apresentar esses sinais, procure um médico imediatamente.
Tanto a úlcera quanto a gastrite também podem estar relacionadas a uma bactéria presente no estômago chamada Helicobacter pylori. Estima-se que mais da metade dos brasileiros carregue esse micro-organismo no corpo. É por causa dela que boa parte do tratamento dessas doenças é feita com antibióticos.
H. pylori aumenta a secreção de ácido clorídrico no estômago, elevando a acidez do suco gástrico. Com uma acidez maior, o estômago não consegue se proteger, e a mucosa inflama. Algumas pessoas têm uma defesa natural a essa bactéria, o que evita a gastrite. Mas, quando há um episódio de baixa imunidade, ela pode achar um ambiente ideal e agir com mais intensidade.
Dicas alimentares
Os médicos deram algumas dicas de alimentação para evitar problemas no estômago. Veja as principais:
- Fracione a alimentação: Fracionar a dieta é essencial para estimular o trabalho do estômago de maneira uniforme e fazer com que o ácido seja usado frequentemente para processar os alimentos e não fique muito tempo “parado”.
- Não fique muito tempo em jejum: O jejum faz justamente com que o ácido gástrico fique parado. Quanto mais tempo isso ocorre, maior é a acidez, e o estômago vazio também se torna mais suscetível a inflamações.
- Evite grandes refeições: Quando você come muito, o estômago não consegue processar tudo e estimula mais a produção de ácido.
Alimentos que aumentam a acidez
- Pimenta
- Comidas condimentadas (mexicana, baiana, etc)
- Cigarro
- Bebidas alcoólicas
- Refrigerante
- Cafeína (café, chá preto, chocolate, etc)
- Energético
- Cápsulas de guaraná
- Goma de mascar